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29 de maio de 2014
25 de maio de 2014
E choro, saudade. Sempre.
2 de abril de 2014
16 de março de 2014
A foto e o poema de Drummond
Vi a foto e me lembrei do belíssimo poema do Drummond.
Os Ombros Suportam o Mundo
Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Os versos acima foram publicados originalmente no livro "Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, 1940. Foram extraídos do livro "Nova Reunião", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1985, pág. 78.
Os Ombros Suportam o Mundo
Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Os versos acima foram publicados originalmente no livro "Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, 1940. Foram extraídos do livro "Nova Reunião", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1985, pág. 78.
26 de fevereiro de 2014
22 de fevereiro de 2014
O fim da solidão da vida
Insone, o homem.
O pêndulo da consciência bate incessante,
relembra saudade. Doídos arrenpedimentos
afloram no silêncio da madrugada. Recusa-se
lágrimas. Está seco. Dores frias, rascantes.
Não há mais emoção. Nem sentir, nem lamento.
Só dores acomodadas em camadas. Mais nada.
O olhar fixo no vazio. Foi o futuro que conquistou.
Pega a arma que dormia no criado mudo, encosta-a
na fronte direita e puxa o gatilho. O sangue escorre.
Quente. Foi a única coisa quente que restou-lhe. O sangue.
O silêncio. Frio, como o corpo inerte na cadeira. Apenas o zumbido
de uma mosca que voa, indiferente, no entorno da morte. Foi assim.
O fim da solidão da vida. Pela manhã o corpo terá companhia. Alguém haverá
de encontrá-lo. Duro, frio, vazio. Seco. Como foi sua vida. E será sua eternidade.
O pêndulo da consciência bate incessante,
relembra saudade. Doídos arrenpedimentos
afloram no silêncio da madrugada. Recusa-se
lágrimas. Está seco. Dores frias, rascantes.
Não há mais emoção. Nem sentir, nem lamento.
Só dores acomodadas em camadas. Mais nada.
O olhar fixo no vazio. Foi o futuro que conquistou.
Pega a arma que dormia no criado mudo, encosta-a
na fronte direita e puxa o gatilho. O sangue escorre.
Quente. Foi a única coisa quente que restou-lhe. O sangue.
O silêncio. Frio, como o corpo inerte na cadeira. Apenas o zumbido
de uma mosca que voa, indiferente, no entorno da morte. Foi assim.
O fim da solidão da vida. Pela manhã o corpo terá companhia. Alguém haverá
de encontrá-lo. Duro, frio, vazio. Seco. Como foi sua vida. E será sua eternidade.
21 de fevereiro de 2014
16 de janeiro de 2014
28 de outubro de 2013
19 de outubro de 2013
Morto sobrevive e será morto novamente
Alireza M. foi condenado à morte na forca acusado de tráficos de drogas. A sentença foi executada e Alireza declarado morto 12 minutos após seu enforcamento. O fato aconteceu no Irã.
No dia seguinte um funcionário do necrotério percebeu que o falecido respirava no saco plástico que o embalava, e constatou que estava diante de um defunto vivo.
Mas a situação do finado Alireza continua complicada, o governo iraniano já avisou que vai esperar Alireza se recuperar de sua morte para executá-lo novamente.
Não, não, a capital do Irã não é Lisboa, é Teerã.
A notícia está no Yahoo Notícias
2 de outubro de 2013
O mais puro e querido louco varrido que o mundo já conheceu
Ele vivia a esmo,
sorrindo,cantando, brincando,
diziam-no louco varrido,
um dia no meio da rua,
gritou um viva à liberdade
e morreu...
O povo, com saudade e arrependido,
uma estátua no local de sua morte ergue:
"O povo desta cidade presta sua homenagem ao nosso Napoleão Bonaparte,
o mais puro e querido louco varrido que o mundo já conheceu."
sorrindo,cantando, brincando,
diziam-no louco varrido,
um dia no meio da rua,
gritou um viva à liberdade
e morreu...
O povo, com saudade e arrependido,
uma estátua no local de sua morte ergue:
"O povo desta cidade presta sua homenagem ao nosso Napoleão Bonaparte,
o mais puro e querido louco varrido que o mundo já conheceu."
13 de setembro de 2013
A preguiça me pegou antes da morte. Que sorte.
Sempre quis crer que é melhor não crer...
Crer em quê? Para quê?
Me salvar? Ora...
Terei mais o que fazer quando morrer... Eterno nada a fazer.
E, no Brasil, os fins justificam os meios para proteger nossos afins.
Sempre foi assim... E nada chega ao fim. Só a morte nos resolve.
E sem assunto, meios ou fins fico por aqui... A preguiça me pegou antes da morte. Que sorte.
11 de agosto de 2013
6 de agosto de 2013
"Defunto" fica com sede e sai do caixão para beber água
Han mora na na cidade de Wuhan, na China, e andou tomando uma coça da polícia de lá por ser camelô- a covardia da "puliça" contra os pobres é universal. Como vingança, nosso Han, com a ajuda de alguns companheiros de infortúnio, resolveu simular sua morte devido às pancadas que levou. Com isso sua família receberia uma alta indenização por parte da polícia.
Compraram o caixão, marcaram o velório, que contava com a presença de cerca de 300 pessoas, mais uns 80 policiais que foram fazer a segurança do enterro, no intuito de prevenir protestos contra sua própria covardia.
Pois muito bem, estavam todos no velório, compungidos, velando o corpo do Han. Mas, Wuhan é uma das cidades mais quentes da China... E nosso "defunto", morto de sede devido ao calor, se levantou de sua última morada, pegou uma garrafa d'água, disse aos presentes ao seu velório que não aguentava mais a sede, e sorveu todo o precioso líquido.
Depois de ressuscitar e matar sua sede, Han, impassível, voltou para seu caixão e morreu novamente.
A notícia não diz, mas suspeito que o defunto do Han deve ter levado outra sova tão grande da polícia, que morreu mais uma vez. Dessa vez de verdade. Bem, ao menos já estava tudo pronto.
A notícia sobre defunto-vivo está no UOL Notícias
Compraram o caixão, marcaram o velório, que contava com a presença de cerca de 300 pessoas, mais uns 80 policiais que foram fazer a segurança do enterro, no intuito de prevenir protestos contra sua própria covardia.
Pois muito bem, estavam todos no velório, compungidos, velando o corpo do Han. Mas, Wuhan é uma das cidades mais quentes da China... E nosso "defunto", morto de sede devido ao calor, se levantou de sua última morada, pegou uma garrafa d'água, disse aos presentes ao seu velório que não aguentava mais a sede, e sorveu todo o precioso líquido.
Depois de ressuscitar e matar sua sede, Han, impassível, voltou para seu caixão e morreu novamente.
A notícia não diz, mas suspeito que o defunto do Han deve ter levado outra sova tão grande da polícia, que morreu mais uma vez. Dessa vez de verdade. Bem, ao menos já estava tudo pronto.
A notícia sobre defunto-vivo está no UOL Notícias
30 de junho de 2013
16 de junho de 2013
5 de junho de 2013
30 de maio de 2013
20 de maio de 2013
É dor que dói todo dia
A morte veio
E pegou um jovem
Vinte e seis anos
Idade de meu filho
Sobrinho de uma amiga muito querida
Seu nome: Rafael
"Deus cura" em hebraico
Que o amor que devotavam a ele
Possa minorar a dor de tamanha perda
Pois cura não há
É dor que dói todo dia
A saudade... A saudade... A saudade...
Beijo, Clarinha. Estou triste.
8 de março de 2013
"Eu não quero morrer. Não me deixe morrer"
"Eu não quero morrer. Não me deixe morrer". Foram as últimas palavras de Hugo Chávez dita a um amigo que o acompanhava em seus momentos derradeiros.
Fiquei com a frase na cabeça desde que a li. Chávez foi um grande homem, amado por milhões, odiado por outros tantos. Mas ali, naquele último instante, era a dimensão exata de nossa frágil humanidade perante a morte. E o homem poderoso pediu ajuda a um amigo. Dignamente. Humildemente. E partiu.
"Eu não quero morrer. Não me deixe morrer". Vou guardar esta frase para o resto de minha vida. Quem sabe não a usarei quando minha hora chegar?
Fiquei com a frase na cabeça desde que a li. Chávez foi um grande homem, amado por milhões, odiado por outros tantos. Mas ali, naquele último instante, era a dimensão exata de nossa frágil humanidade perante a morte. E o homem poderoso pediu ajuda a um amigo. Dignamente. Humildemente. E partiu.
"Eu não quero morrer. Não me deixe morrer". Vou guardar esta frase para o resto de minha vida. Quem sabe não a usarei quando minha hora chegar?
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