13 de dezembro de 2016

De Saulo Ramos para Celso de Mello: Entendi. Entendi que você é um juiz de merda!

“Terminado seu mandato na Presidência da República, Sarney resolveu candidatar-se a Senador. O PMDB — Partido do Movimento Democrático Brasileiro — negou-lhe a legenda no Maranhão. Candidatou-se pelo Amapá. Houve impugnações fundadas em questão de domicílio, e o caso acabou no Supremo Tribunal Federal.
Naquele momento, não sei por que, a Suprema Corte estava em meio recesso, e o Ministro Celso de Mello, meu ex-secretário na Consultoria Geral da República, me telefonou:
— O processo do Presidente será distribuído amanhã. Em Brasília, somente estão por aqui dois ministros: o Marco Aurélio de Mello e eu. Tenho receio de que caia com ele, primo do Presidente Collor. Não sei como vai considerar a questão.
— O Presidente tem muita fé em Deus. Tudo vai sair bem, mesmo porque a tese jurídica da defesa do Sarney está absolutamente correta.
Celso de Mello concordou plenamente com a observação, acrescentando ser indiscutível a matéria de fato, isto é, a transferência do domicílio eleitoral no prazo da lei.
O advogado de Sarney era o Dr. José Guilherme Vilela, ótimo profissional. Fez excelente trabalho e demonstrou a simplicidade da questão: Sarney havia transferido seu domicílio eleitoral no prazo da lei. Simples. O que há para discutir? É público e notório que ele é do Maranhão! Ora, também era público e notório que ele morava em Brasília, onde exercera o cargo de Senador e, nos últimos cinco anos, o de Presidente da República. Desde a faculdade de Direito, a gente aprende que não se pode confundir o domicílio civil com o domicílio eleitoral. E a Constituição de 88, ainda grande desconhecida (como até hoje), não estabelecia nenhum prazo para mudança de domicílio.
O sistema de sorteio do Supremo fez o processo cair com o Ministro Marco Aurélio, que, no mesmo dia, concedeu medida liminar, mantendo a candidatura de Sarney pelo Amapá.
Veio o dia do julgamento do mérito pelo plenário. Sarney ganhou, mas o último a votar foi o Ministro Celso de Mello, que votou pela cassação da candidatura do Sarney.
Deus do céu! O que deu no garoto? Estava preocupado com a distribuição do processo para a apreciação da liminar, afirmando que a concederia em favor da tese de Sarney, e, agora, no mérito, vota contra e fica vencido no plenário. O que aconteceu? Não teve sequer a gentileza, ou habilidade, de dar-se por impedido. Votou contra o Presidente que o nomeara, depois de ter demonstrado grande preocupação com a hipótese de Marco Aurélio ser o relator.
Apressou-se ele próprio a me telefonar, explicando:
— Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do Presidente.
— Claro! O que deu em você?
— É que a Folha de S. Paulo, na véspera da votação, noticiou a afirmação de que o Presidente Sarney tinha os votos certos dos ministros que enumerou e citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de votar, o Presidente já estava vitorioso pelo número de votos a seu favor. Não precisava mais do meu. Votei contra para desmentir a Folha de S. Paulo. Mas fique tranqüilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do Presidente.
Não acreditei no que estava ouvindo. Recusei-me a engolir e perguntei:
— Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a Folha de S. Paulo noticiou que você votaria a favor?
— Sim.
— E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?
— Exatamente. O senhor entendeu?
— Entendi. Entendi que você é um juiz de merda! Bati o telefone e nunca mais falei com ele.”
(Saulo Ramos, “Código da Vida”, Ed. Planeta, 8ª reimpressão, 2007)

Saulo Ramos (1929-2013) foi, dentre outras coisas, ministro da Justiça no governo José Sarney, o que convenhamos, não deve ser motivo de mérito ou orgulho para ninguém. Foi ele o responsável pela indicação de Celso de Mello para o STF.


Saulo Ramos chama Celso de Mello de juiz de merda

Ando triste

Ando triste, da vida.
Ando triste, de mim.
Ando triste, do Brasil.
Ando triste, do futuro.
Triste, ando...


Ando triste, da vida.  Ando triste, de mim.  Ando triste, do Brasil.  Ando triste, do futuro.  Triste, ando...

12 de dezembro de 2016

Botafogo calou a boca dos lorpas e pascácios que diminuiram o clube no Brasileirão

O glorioso Botafogo de Futebol e Regatas calou a boca de todos que o diminuíram no Brasileirão.
Essa gente, que acha que o futebol só começou depois das transmissões da Globo (vale destacar que antes da Globo adotá-los, Flamengo e Corinthians nunca tinham ganho um título nacional ou internacional), não conhece a História do futebol brasileiro e, por ignaros, não têm a dimensão do que é o Botafogo.
Para não dar muito destaque a esses néscios falastrões, que arrotam asneiras na mídia com pompa e circunstância, vou apenas recordar uma frase do grande Nélson Rodrigues: "O Botafogo calou a boca dos lorpas e pascácios!"
Ao dicionário, meninos... E viva o Botafogo!


Botafogo cala a boca de comentaristas falastrões

 

11 de dezembro de 2016

Botafogo na Libertadores: foi sofrido, foi na garra, foi na raça, foi mais Botafogo que nunca!

O Botafogo não é para os óbvios!
Terminado o 1º turno do Brasileirão, o clube era dada como rebaixado.
Aí sai o técnico Ricardo Gomes entra o novato Jair Ventura, e o time desanda a vencer! 
Vaga na Libertadores quase certa.
 Mas o Botafogo não é para os óbvios...
 O time empacou, não venceu mais e deixou para decidir a vaga jogando contra o Grêmio, em Porto Alegre.
Faz 1 x 0... Golaço de Bruno Silva!
Jogo sob controle, vaga na Libertadores garantida!
Mas o Botafogo não é para os óbvios...
No último minuto da 1ª etapa, Sassá e Airton discutem, e o Airton, que já  tinha levado um cartão amarelo de maneira infantil, é expulso.
No 2º tempo, jogando com raça e destemor, o Glorioso garantiu o resultado e nossa vaga na Libertadores 2017!
Foi sofrido,  foi na garra, foi na raça, foi mais Botafogo que nunca!

Botafogo na Libertadores: foi sofrido, foi na garra, foi na raça, foi mais Botafogo que nunca!


Conjugação do verbo Temer

Eu temo o... Temer!
Tu temes o... Temer!
Ele teme o... Temer
Nós tememos o... Temer!
Vós temeis o... Temer !
Eles temem o... Temer!

O Temer é o único a não temer o... Temer! 

Conjugação do verbo Temer