O ministro da Justiça Sérgio Moro, em sua defesa no caso da divulgação de conversas suas com procuradores da República no aplicativo de mensagens Telegram, afirmou que "é normal que juízes conversem com procuradores, advogados e policiais".
Bom, que ele apresente conversas suas no mesmo aplicativo com advogados de defesa dos réus por ele julgados e estará tudo resolvido. Num é?
Só pra lembrar: a Constituição proíbe que magistrados mantenham contato fora dos autos com as partes litigantes em um processo.
A mesma Constituição também veda que conversas privadas de quem quer que seja sejam gravadas, hackqueadas e divulgadas sem autorização judicial, como aconteceu com as conversas dos procuradores da Lava Jato com Sérgio Moro.
Mas, no Brasil, quem se importa com o que diz a Constituição quando o principal órgão destinado a fazer com que seja cumprida, o STF, é o primeiro a rasgá-la?
E assim vamos nós, mais um pouco rumo ao fundo do poço Brasil, que não tem fundo...
