14 de agosto de 2010

Totó imortal

Cinco e dez da manhã toca o telefone, como sempre Totó, como desde sempre, a cobrar, um frio de lascar e sou obrigado a ouvir, pacientemente, o relato de meu amigo, que agora é poeta, arrumação do Saint-Clair. Mas vamos ao papo- monólogo- com Totó.

- Toinha, Jilózinho está uma fera comigo, falei que ele também arrumou uma mulher fruta, não tem mulher melancia, jaca, pera, morango, pois é, a Ritinha Boca de Seda( não insistam, não direi o motivo do apelido) é a mulher-maracujá de gaveta, nunca vi tanta ruga; quando falei ele partiu em cima de mim junto com o Foguinho, cachorro nojento, não é à toa que tem esse nome, é nojento igual ao time de vocês. Mas tô ligando pra dizer que resolvi escrever um livro de poemas e soube que o meu maior fã, o Saint-Clair, tá aqui em Bom Jesus, mais tarde vou lá dar um autógrafo a ele. E vou convidá-lo pra escrever o " prefácil" de meu livro, o Edson vai escrever o " posfácil", assim ninguém fica com ciúme. E vou homenagear o meu coleguinha, Carlos Drummond de Andrade, gostei muito do livro dele, Amar se Aprende Amando, e o título do meu será parecido: Trepar se Aprende Trepando, adorei o nome, sutil e delicado, como devem ser os livros de grandes poetas. Tô até pensando em inovar e além do " prefácil" e do " posfácil", vai ter o "meiofácil", no meio do livro vou convidar o Paulo Laurindo e o Ricardo Novais para escreverem uma análise da obra. Você vai ver, vou entrar pelos anais da literatura brasileira adentro. Tava até pensando em me candidatar a imortal lá na Academia Brasileira de Letras, mas acho aquilo lá muito esquisito, o imortal morre, aí entra outro imortal e logo morre também...não entendo...o único que acho que é imortal de verdade lá é o Sarney, e se tiver que conviver com ele muito tempo o imortal aqui vai pras cucuias rapidinho. De desgosto!!! Fiz um poeminha pro Mengão, bota aí no blog. Sem reclamar!


Mengão do meu coração,
time de raça e paixão,
mulher lá não tem vez não,
se aporrinhar vira papá de cão.


Bem, agora vou desligar, estou escrevendo um poema em homenagem a mim mesmo. Depois te mando. Abraço! - E desliga o telefone.

2 comentários:

  1. Avisa pro Totó que este negócio de entrar nos anais da história não é nem um pouco politicamente correto. Vôte! Mas pode mandar a obra, que peço prum amigo meu da Delboni dá uma examinada.

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  2. Totó liberou sua verve poética e não há nada que se possa fazer, a não ser aguardar a obra. O "prefácil" não dever ser difícil. Faço!

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