Obrigado a Carlinhos Oliveira, cronista de uma geração; obrigado Alceu Amoroso Lima, pelos ensaios brilhantes e sua luta contra a ditadura; obrigado Carlos Castelo Branco, pelo belo texto; obrigado a todos que fizeram o maior jornal que este país já viu. Foi com vocês que aprendi que a liberdade não tem preço; que o maior medo de ditadores é a inteligência; que canalhas que hoje andam por aí, posando de democratas, construíram suas carreiras lambendo coturnos des milicos. São piores que torturadores; foram omissos, coniventes, covardes. Querem nomes: Sarney, Maluf, Delfim Neto, Marco Maciel. É duro e triste ver o PT de braços dados com uma figura como Sarney, por mais que me expliquem, não consigo engolir. O sapo é grande demais, não passa pela garganta...
No fim o mundo é dos práticos, dos subservientes, dos canalhas...mas de quando em vez é sempre bom lembra-lhes o que são e que a História há de colocá-los em seus devidos lugares: o esgoto mais fétido, lugar de homens cujo caráter não vai além de um coturno. Os herois não se fazem lambendo botas, mas sendo pisados por elas.
O fim de uma era |
Estive ontem, ao meio dia, na Cinelândia, para a despedida do JB e pude constatar quantas cabeças grisalhas enchiam um canto do Amarelinho. O JB formou gerações de brasileiros, com seus texto corretos e isentos, sem se subordinar a interesses que não os da democracia verdadeira. Talvez, por isso, tenha pago o prego que pagou: a derrocada.
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