15 de dezembro de 2010

Estou mais ameaçado que o homem do WikiLeaks

Que confusão arrumei com a mulherada após minha ideia( brilhante, por sinal) de nos valermos das baratas para recuperar nosso honra perdida frente ao belo sexo- agora, além de belo, mandando em tudo- recebi ameaças de todo tipo: fui chamado de porcão por uma delas; outras rogaram praga para que fique brocha; outras mais me ameaçaram de morte, um horror, só sei que há muito tempo o blog não tinha tanta audiência, até porque do nosso lado- os oprimidos Homos Humilhadus- a ideia se alastrou como corrupção em Brasília, e breve seremos o maior produtor mundial de ortópteros, nossas cascudinhas de estimação e aliadas em nossa revolução contra a opressão feminina sobre nós. Teve um que já sugeriu até o cruzamento das cascudas com pitbull para evitar o assassinato das mesmas pelas meninas mais corajosas que usam de seus chinelos para exterminar as pobrezinhas. A guerra promete!

Ontem o Saint-Clair fez uma crônica impagável em seu blog- Asfalto e Mato- , falando sobre um sujeito hipocondríaco, aí me lembrei da mãe de meu filho, que também é chegada a uma hipocondriazinha básica,  e quando estávamos casados adorava quando o Beto, um velho amigo e hipocondríaco histórico, aparecia lá em casa. Levava sua sacola de remédios e os dois sentavam-se à mesa, cada qual com seu parafernália medicamentosa e começavam a negociar troca de comprimidos, espalhavam sua vasta farmacopéia por sobre a mesa e começavam o troca-troca, como crianças trocando figurinhas. O interessante é que não se importavam com o tipo de doença que cada remédio combatia, o que hoje entendo: tinham todas! Negociavam os comprimidos pela cor.

- Te dou dois amarelinhos por três vermelhinhos daqueles ali- propunha ele.

-Ah, não!...esse é tarja preta tem de ter receita, quero seis- retrucava ela.

E passavam a tarde felizes negociando suas pilulazinhas e a besta aqui ali vendo aquilo. Depois tive outra que era chegada numa Neosaldina, tomava pra tudo, de unha encravada a dor de cabeça e vivia querendo arrumar doença para mim. Se desse um espirro perto dela queria logo que fizesse uma tomografia computadorizada. Foi com elas que me dei conta do porquê ser o Brasil o país com maior número de farmácias do mundo.

E não precisam me ligar dizendo desaforos, desliguei o telefone, e se mandarem e-mails desaforentos deleto antes de ler. É tudo verdade!

Agora me dão licença, pois tenho ver como vai indo o criadouro de cascudas, tem pedido do mundo todo. Guerra é guerra!

Estou escrevendo e vejo um comentário novo no post das baratas, uma finlandesa entrou lá, e pelo jeito me desancou também, nunca vi tanto palavrão junto. Acho que vou me asilar. Mas onde ? Elas estão infiltradas em toda parte. Quem manda mexer em vespeiro. Vespeiro não...barateiro!

                                                                     

Um comentário:

  1. Anônimo12/15/2010

    Adorei! Meu pai também era hipocondríaco. Eu já sou o contrário, odeio tomar remédios.
    Abraços.

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