Mortes...mortes...mortes...

Têm algumas coisas que realmente não consigo entender, sou burrinho, me desculpem, mas alguém aí poderia me dizer onde diabos estava enfiado o espírito do tal Cacique Cobra Coral que tem, se não me engano, até uma Fundação com seu nome, que não previu o dilúvio que se abateu sobre a Região Serrana do Rio? Suponho, mas sou burrinho, como já disse, que o nefando espírito só faz previsão de tempo em época de festas e quando incitado ($) por algum político ou orgão público. Longe de mim fazer intriga, mas fico curioso em saber como funciona a futurologia diluviana do e$pirituoso e$pírito.
Eu, que agora me conecto ao Universo quando sou tomado pelo espírito de Zaqueu, o pinguço-ateu, que viveu na velha e boêmia Lapa dos anos 40 e 50 do século passado, vou logo adiantando que entre janeiro e março de 2012 novas enchentes irão ocorrer; morrerão centenas de pessoas; a Globo vai dizer que foi a maior tragédia da História e seus repórteres, com semblantes constrangidos, nos narrarão com detalhes toda a desgraceira, inclusive o salvamento milagroso de um bebê  de 9 meses pela tartaruga da família. O quelônio, de nome Rubinho Barrichello, ao perceber a gravidade da situação botará o bebê nas costas e sairá em desabalada carreira rumo a um local seguro. Vai virar personagem do Fantástico e do Faustão, que dirá ser Rubinho um exemplo de solidariedade para nós. Como a conexão foi feita pela madrugada e Zaqueu já tinha tomado todas não consegui mais detalhes, mas creio serem desnecessários, o roteiro já sabemos: políticos com olhares compungidos fazendo mais promessas que devoto do Padre Cícero, o governo liberando milhões de Reais que serão tragados pela enchente da corrupção e ...mortes...mortes...mortes...