20 de fevereiro de 2011

Internet: Macdonald's da informação

Milagres da tecnologia, através da internet conheço pessoas que nunca vou conhecer, falamos por aqui, vemos nossas imagens, ficamos amigos, pode-se até se apaixonar e...e...e...fazer o quê? Somos cada vez mais virtuais, com tudo de bom e de ruim que qualquer criação humana traz embutida em si. Breve, mais do que pensam, teremos o velório virtual, um de vocês aí morre( não queriam que fosse eu?) coloca-se o corpo em uma sala, uma tela e seus amigos virtuais irão despedir-se de você. O tal amor romântico, herança do Iluminismo, ainda resiste, mas já não é , com as exceções de praxe, para sempre, é cada vez mais para já. Nós tornamos o mundo a cada dia mais veloz, e isso é uma realidade, não é ficção, e a durabilidade das coisas é cada vez mais fugaz, inclusive de sentimentos. Se vai continuar a ser assim não sei, profetas no Brasil são os economistas, comentaristas de futebol e o Caetano Veloso. Geralmente são excelentes profetas do passado, do futuro...hummm...dizem cada uma...mas a própria rapidez e quantidade da informação trata de diluir tudo em nada. O que ocorreu ontem, ao menos a mim, parece ter acontecido  séculos atrás, não temos tempo de digerir, é como se a internet fosse uma espécie de Macdonald's da informação, a gente vai engolindo sem se preocupar em sentir o gosto, mas vamos aprendendo. é uma invenção fantástica e farei um novo post sobre o assunto, falando das virtudes, como ajudar a derrubar ditaduras ao redor do mundo. Uma coisa que aprendi por aqui é que vocês são um bando de preguiçosos que não gostam de ler textos longos. Só para terminar: já perceberam que o desenvolvimento tecnológico é, a priori, quase sempre para nos facilitar a vida e nos tornar mais preguiçosos? Pensem nisso...acho que todo cientista tem, ao menos, um pouco de DNA baiano em sua estrutura genética. O que é ótimo, pois se todo mundo fosse baiano, a humanidade teria muito mais festa e menos violência.

                                                                   

Um comentário:

  1. Zatonio, o velório virtual já existe. Um empresário de Governador Valadares criou o troço para atender aos milhares de valadarenses espalhados pelos EUA e que não podem vir ao sepultamento de seu ente querido. Como você vê, a Internet é rápida no gatilho, ou melhor, no mouse (rato, ratón, souris, em línguas de culturas avançadas)

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