26 de março de 2011

Carregamos o sofá para sermos traídos em outra sala

Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas, nós, brasileiros, escrevemos torto por linhas mais tortas ainda, somos feito a piada do sujeito que pega sua mulher no sofá com outro e resolve o problema retirando o sofá da sala. Todo dia leio artigos sobre o excesso de burocracia e ingerência do Estado na vida dos cidadãos e geralmente o artigo termina pedindo menos presença do Estado; do outro lado o pessoal da esquerda, que sacraliza o Estado. Uma discussão equivocada, na modesta opinião deste que vos escreve estas linhas, nosso problema é outro: temos Estado demais onde não se precisa dele e de menos onde ele se faz necessário.
O caso da lei da Ficha Limpa é emblemático, cria-se mais uma lei porque como temos excessos de leis e ritos burocráticos em nosso morosa (in)justiça, os processos levam anos para serem concluídos, quando o são, ficando os transgressores impunes, ora deveríamos nos mobilizar para exigir uma ampla e profunda reforma na ESTRUTURA do Estado brasileiro, que está carcomida pela corrupção. Exemplo: Políticos e funcionários públicos teriam que ser julgados em prazos rigorosamente estabelecidos em lei, punindo-se exemplarmente os magistrados que não cumprissem os prazos estabelecidos, quem lida com o bem público e comete falcatruas, prejudicando o conjunto da população tem de ser julgado com rapidez e rigor. O resto é mais burocracia-onde já temos em excesso-, e carregar o sofá para sermos traídos em outra sala.

estado-ideal-capitalismo

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