1 de março de 2011

Eu, um juiz e o Chico Buarque


" No judiciário, que deveria pautar-se pela seriedade e modéstia, o uso desenfreado de veículos oficiais de representação simboliza apenas prestígio e poder, desservindo a causa da justiça; malfeitos em processos licitatórios ainda são a tônica pelo país afora; disputas por cargos altamente rentáveis encimam o interesse público; denúncias de desvios, corrupção e fortunas construídas da noite para o dia no setor público fazem parte do cotidiano. Até quando?"
" Há que se tornar efetiva a República; concretizemos princípios da Constituição Federal que impõem moralidade administrativa, a probidade e a legalidade como fundamentos do estado de direito"
Os parágrafos acima são partes de um artigo não meu, de um oposicionista ferrenho ou de um radical de esquerda, são palavras candentes de um juiz federal, Ali Mazloun, de São Paulo.
É o que estou careca de dizer aqui:  Nós vivemos em um estado de direito onde o Estado não é direito !
Como somos um país em que as pessoas acreditam em cargos e posições e não em ideias, talvez as palavras de um juiz federal surtam algum efeito. Aqui as coisas funcionam assim: se eu ou outra pessoa não famosa escrevermos um belo texto ou poema, ninguém se importa; agora se for uma bela porcaria mas levar a assinatura de um famoso qualquer, todos babam...Genial!!! Fantástico!!! Deslumbrante!!!
É o caso do Chico Buarque, de quem sou fã incondicional, do compositor, em minha opinião, junto com Noel Rosa, o maior dentre os maiores; como romancista, apenas mediano, com boa vontade, mas se ele escrever um romance usando apenas as palavras merda e bosta do início ao fim, a mídia vai aplaudir e veremos elogios por todos os lados: " Que bosta genial!" "Que merda fantástica!"
Ai...ai...Sem saco. Saco!
o erro e a verdade

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