31 de março de 2011

No meio das trevas, piscavam as luzes de liberdade

E as trevas duraram
Mais de vinte anos
Fomos comandados por coturnos
Que pisoteavam sem piedade
Quem os enfrentasse
Mas alguns persistiram
A noite não há de ser eterna
E como vagalumes
Piscavam a luz da liberdade
No meio da escuridão da ditadura
E noite após noite
Dor após dor
Morte após morte
O pisca-pisca seguia em frente
E a noite amanheceu
O sol da liberdade
A raiar sobre nós
Os olhos se ergueram
Brilhantes de esperança
Os corações pararam de sangrar
A tristeza foi-se
Acompanhando os passos de sangue
Dos coturnos vencidos
Rumo ao lixo da História
Que fiquem lá!


                                             

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