17 de março de 2011

Paraísos não existem, nem cá, nem lá, nem acolá

Governos, quaisquer, mentem, por isso é preciso vigiá-los, criticá-los, expor suas vísceras, pagar o preço da insubmissão. Vejam o governo japonês, só agora começa a aparecer a podridão de suas entranhas; vejam o Obama, submetido pelos interesses maiores do império americano virou uma triste caricatura disforme de si mesmo; vejam os países árabes, quando a tal revolução chegou onde está o petróleo o pau quebrou, Egito e Tunísia não são grandes produtores de petróleo; o governo ditatorial da Arábia Saudita, a mais feroz ditadura da região e maior produtora de petróleo do mundo, invadiu o Bahrein e, aliada do Ocidente, calam-se os nossos bravos democratas líderes das potências ocidentais. O resto serve para que certa esquerda esotérica sonhe com uma revolução que está longe de acontecer e acham que revoluções, por si só, nos levarão ao paraíso marxista, tão inexequível quanto seu correspondente religioso. Marx, como ninguém, nos indicou os caminhos e trilhas que a história segue, e foi brilhante; depois tentou nos mostrar como controlar os rumos da história, e foi pedante.
Eu, como não acredito em paraísos, fico aqui em minha ignara sapiência, lendo os profetas da esquerda anunciando o apocalipse da revolução e os profetas religiosos anunciando o apocalipse do anticristo. Ao menos dou boas risadas antes que nenhum deles chegue. É tudo com letra minúscula mesmo porque mentiras não devem ser muito respeitadas. A grandeza humana vem de nossas imperfeições. Saco!
2ps5dua

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