5 de abril de 2011

Ginásio lotado humilha jogador por ser gay

Ontem, pelas semifinais da Superliga masculina de vôlei, entre Cruzeiro e Vôlei do Futuro, o jogador Michel foi vítima da torcida cruzeirense que lotava o ginásio e o chamava, em coro, de bicha e gay, a partida foi realizada em Contagem.
O que fazer, mesmo se a lei punindo a homofobia já estivesse em vigor? Prender o ginásio todo?
Não adianta só berrar contra o estúpido do Bolsonaro ou achar que leis vão resolver problemas muito mais complexos, se assim fosse seríamos, disparado, o país mais justo e desenvolvido do mundo, temos leis para todos os gostos e sabores, cumpre-se às que interessam às classes dominantes. O resto é perfumaria para dar empregos aos batalhões de advogados que formamos todos os anos neste douto país.
Preconceitos, injustiças sociais, exclusão, foram abafados durante séculos de conservadorismo e um longo caminho tem de ser percorrido até que sejamos uma democracia que não seja só votar e receber bolsas-culpa de um Estado que foi erigido para governar para uma minoria e dar esmolas e porrada na grande maioria.
Estamos caminhando, mas como aquela criança que está aprendendo a andar e leva vários tombos até ter firmeza no caminhar.
Creio que EXIGIR do Estado que cumpra sua função CONSTITUCIONAL de fornecer educação de QUALIDADE, como está DETERMINADO em nossa Constituição, seria um caminho mais óbvio e razoável. Mas quem disse que nós, brasileiros, somos óbvios e razoáveis...ao contrário...ao contrário...Fazemos leis!
Leiam a entrevista do jogador Michel aqui Globo.com

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