9 de abril de 2011

Messias, uma figura antológica

Ainda chocado com a descoberta da morte do Messias, comecei a relembrar alguns casos que vivemos juntos quando fomos colegas na faculdade de História na PUC do Rio, entre 1976 e 1980. Vamos a um deles:
Quando conheci o Messias, na PUC, logo ficamos amigos e passei a frequentar sua casa, era casado com Astrid e morava na rua Souza Lima, em Copacabana, e ele a minha aqui em Niterói, um final de semana  Astrid foi viajar com sua mãe e só voltaria na segunda-feira, resolvemos dar uma festa no apartamento no sábado e combinamos, eu e ele, de no domingo deixarmos tudo limpo para evitar qualquer problema quando a Astrid chegasse, e assim foi feito, a festa rolou solta e me lembro que lá estavam o Tião, que era baterista do Chico's Bar,na Lagoa; o Chachachá, acho que é assim que se escreve, percusionista da orquestra do Maestro Cipó, Heitor da Pedra Azul, grande músico, que hoje se encontra na França e Vital Farias, excelente compositor, que acabou levando uns sacodes de sua mulher por estar se engraçando com uma das meninas na festa.
Tudo correu às mil maravilhas e fomos dormir por volta das cinco da manhã, eu, claro, lá mesmo, pois tínhamos de arrumar a bagunça. Por volta das onze da manhã, acordo com alguém tentando abrir a porta da sala onde eu dormia( o apartamento era quarto e sala), levanto, vou olhar no olho mágico e quase desmaio, era a Astrid com sua mãe, por sorte eu, mesmo bêbado, havia passado o trinco na porta e ela não conseguiu entrar, em pânico, fora a ressaca, fui até o quarto e acordei o Messias, que por um instante se transformou no negro mais albino da face da terra. A campainha tocava sem parar. Refeito do susto, Messias se levanta abre a porta mas não deixa a Astrid entrar, vai ao corredor e com autoridade diz a ela: - " Você tratou de vir amanhã e trato é trato, vai pra casa de sua mãe e volta amanhã como combinamos, eu e o Zé demos uma festa e isso aqui tá uma zona!" E sem esperar resposta voltou, trancou a porta, com o trinco, e fomos acabar de dormir para depois arrumar a zona.
Saudades, amigo, agora... eternas!
Quem quiser conhecer mais do Messias e sua obra vá no blog do Maurício Porto





Nenhum comentário:

Postar um comentário