1 de outubro de 2011

A praça da minha liberdade























Olho a foto
e só vejo saudade.
Da bola que atrás corria.
Da pipa que feliz voava.
Da baleba que com Cachola,
Homerinho e o Rogério jogava.
Eu acordava, abria a janela
e via minha praça.
Eu dormia, fechava a janela
e lá estava minha praça.
Um dia, aos doze anos,
me arrancaram de minha praça.
Vos confesso, fiz muita pirraça.
Saudade de minha liberdade,
que ficou perdida sob algum banco
da praça, minha.
Eu volto para buscá-la, um dia,
é lá que ela está, triste, como eu,
a me esperar.

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