30 de novembro de 2011

Cedo ou tarde ele a matará

tem uma formiga
passeando aqui,
uma bela saúva,
que em ninha terra,
chamávamos cabeçuda

levanto a mão
para matá-la,
desisto no
meio do caminho,
não sou deus,
que mata e cria,
cria e mata,
em assassinatos incessantes

sou apenas um solitário homem
à espera da morte,
quem sabe de deus...
a minha é certa,
mas não ando com pressa

a saúva se foi...
escapou de minhas garras,.
mas de deus não escapará,
cedo ou tarde ele a matará,
em sua infinita  [ im ] piedade.

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