25 de dezembro de 2011

Papai Noel afrodescendente e gay gera tumulto

Jilozinho, Papai Noel demitido

Fui acordado por volta das três horas ma manhã por Jilozinho. Bêbado e revoltado com o Papai Noel da festa de Natal que estão fazendo na casa do Totó, lá em São José do Calçado, onde nasci.
- Jarrão...eu não aguento mais o Totó  com estas "bobiças" politicamente corretas. E a culpa é sua, que ficou enfiando caraminholas nos miolos moles daquela cabecinha fraca que ele tem. Estamos na festa de Natal aqui na casa dele. Tudo ia muito bem quando me chega o Bastião Schultz, aquele negão afroalemão-gay que apareceu aqui tempos atrás, vestido de Papai Noel. Eu nunca vi Papai Noel preto, viado e forte como um armário, tá errado, Jarrão. O Papai Noel tinha que ser eu, que sou barrigudo, espada e branco. Eu gosto do Bastião, ele tem bom coração, é honesto e ajuda todo mundo, mas pra ser Papai Noel não serve, fala aqui com o Totó pra botar eu no lugar dele...Me ajuda.
- Eu não vou falar porra nenhuma, Jilozinho, isso é preconceito seu, e se quer saber gostei da ideia do Totó, é preciso acabar com preconceitos bobos como esses seus. Eu já te disse que temos de julgar os seres humanos pelo caráter e não por opção sexual ou cor da pele, e tem mais, você ano passado era o Papai Noel e foi demitido por ter vomitado dentro do saco de presentes, lembra?
- Quer saber, Jarrão, você também enviadou depois que parou de beber! Eu vou embora pra minha casa...bem...acho que vou mais tarde, o Bastião Schultz me deu uma bolsa de presente cheia de garrafas de pinga, só tem da boa! Até que o negão tá saindo um Papai Noel muito do bão! Mas são três viadões: ele, você e o Totó.
Fui...Vou dar uma beiçada!

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