7 de janeiro de 2012

Apelidos folclóricos I

Um dos "esportes" favoritos em pequenas cidades do interior é colocar apelidos em amigos e conhecidos, lá em São José do Calçado ( ES ), onde nasci, não era diferente. Comecei a me lembrar de alguns e fiquei rindo sozinho.
Tinha o Divino Zói de Sapo, seus olhos pareciam realmente com os de um sapo e ele virava um satanás quando gritávamos seu apodo; o Neném Pirrinha, vascaíno doente e chato, pirrinha muito provavelmente é uma corruptela de aporrinhar, tão chato era o Neném; tinha o Tião Cabrito, dono do bar mais frequentado da cidade e que passava os dias xingando todo mundo que o chamava de cabrito; o Alceu Tira-Prosa, que pelo apelido só podia ser flamenguista doente, maior apostador e contador de vantagens da cidade; havia o Zé Manada, que andava sempre acompanhado de uns cavalos e sua companheira a Cascuda, que atirava pedras e xingava sem parar quando a molecada gritava: Cascuda!
É uma variedade sem fim, sem falar no meu amigo Jiló- o Jilozinho, meu personagem aqui, que ganhou a alcunha por devastar a plantação de jiló que um tio seu cultivava no quintal de sua casa. Jilozinho, com cerca de sete anos, ia lá e comia os jilós direto nos pés- nunca regulou meu querido e doce amigo. Ah, e o Tristeza, um cidadão que só de olhar sua fisionomia a gente ficava triste, embora ele não o fosse.
São tantos que depois vou fazer outra postagem relembrando mais alguns.
Tinha um Zé Buceta também, mas este não posso dizer aqui, que é um espaço erudito e dedicado às famílias brasileiras.

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