6 de janeiro de 2012

Quem quer comprar bilhete de rifa de um caixão?

Jilozinho me ligou pela madrugada lá de São José do Calçado, está inconformado com sua sogra, que segundo ele aprontou outra com sua pessoa:
- Jarrão, eu tô puto da vida!
- O que foi desta vez Jilozinho?
- A peste da minha sogra estava internada no hospital e os médicos a desenganaram, disseram que não durava mais uma semana... Eu, todo feliz com a notícia, comprei logo o caixão da disgramada, comprei carne e um monte de caixas de cerveja para fazer um churrasco pra comemorar o passamento da surucucu-tapete. Ia ser na casa do Totó pra Ritinha Boca-de-Seda não saber, afinal, a coisa é ruim mas é mãe dela! Estava tudo pronto, só faltava o satanás dar o último suspiro! E ela deu: respirou fundo e levantou da cama, novinha em folha, todo mundo ficou surpreso. Já está aqui em casa, mais venenosa que antes! Esses cornos desses médicos que a desenganaram me enganaram e agora vou ter de fazer uma rifa do caixão para diminuir o prejuízo. Já reservei dois bilhetes "procê", 10 pratas cada um, fala aí com o Saint-Clair e com o Nadinho pra vê se eles compram também. O churrasco comemorativo do passamento que não passou, nós fizemos assim mesmo, mas não prestou, todo mundo triste: parecia até um velório!
Vou sair, Jarrão, tenho de vender umas rifas, vende umas pra me ajudar, o desfalque foi grande, comprei caixão de primeira de tão alegre que fiquei!

2 comentários:

  1. Fico com dois bilhetes, Zatonio. O que é que não se faz para ajudar amigo de amigo, numa hora de calamidade como esta?

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  2. Ele vai agradecer muito, Mestre.

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