8 de fevereiro de 2012

A "burguesia" estatal enfrenta o "proletariado" estatal

Esta greve da polícia militar da Bahia é apenas um dos sintomas de uma questão mais profunda que começa a despontar no Brasil: temos uma elite de funcionários públicos que ganham salários astronômicos em comparação com o resto de nossa população, inclusive seus pares de funcionalismo. Professores, médicos, policiais de baixas patentes, no geral, são muito mal pagos, enquanto as elites que controlam os três poderes aliada à elite administrativa das estatais formam o que, grosso modo, podemos denominar de uma "burguesia" estatal que controla o país. Coloque-se neste grupo os detentores dos milhares dos chamados  cargos de confiança e veremos o por quê de greves estarem começando à pipocar entre o "proletariado" estatal.
Aqui no Rio de Janeiro, o segundo estado mais rico da Federação, já faltam professores nas escolas públicas e a insatisfação entre os extratos menos aquinhoados do funcionalismo é geral.
O sujeito ganha R$ 1.500 reais para arriscar sua vida e vê juízes, desembargadores, deputados, senadores e seus assessores e outros funcionários ganhando milhares de reais e se revolta. A própria sociedade começa a se aperceber que está sendo extorquida para sustentar uma casta privilegiada e impune que controla os rumos da nação.
Boa parte da cúpula do PT é originária desta elite estatal( a começar pelo governador da Bahia, Jacques Wagner ) e começa a pagar o preço dos excessos de privilégios que seus companheiros percebem às custas dos minguados salários que a vasta maioria do funcionalismo embolsa.
Mais greves virão se nada for feito e os que antes comandavam os grevistas agora terão de reprimí-los. A História adora uma perversidade.

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