11 de fevereiro de 2012

São José da Saudade Eterna


Saudade de cada ladeira de Calçado
Das tardes de domingo no campo do Americano
Dos bolinhos de aipim da Dona Eni
Dos xingamentos do Crissaf
De sentar na praça
Para ouvir " as verdades" do Lineu
Se ele não pagar nem eu
           [ Ô Lineu! ]
Ou as prosas do Tira-Prosa Alceu
Das noites de farra no Bar do Conrado
Que era caolho mas um sujeito honrado
Rindo das gracinhas de Totó e Jilozinho
E ver o Ferrugem tal qual Sancho Pança
A ressonar arriado sobre sua virtuosa pança
De rir do Calinha e do Adésio a falarem sem parar
Do Saragaia sair sem nada pagar e a todos gozar
Das pirraças do Maurinho
Das ignorâncias do Pedrinho
De ver o Juquita avisar:
" A água vai brotar!"
E pra todo lado vomitar
E o Cabiúna a cantar
Tentando o Nélson Gonçalves imitar
Ah...meu São José do Calçado
Que deveria se chamar São José da Saudade
Eterna e terna!

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