22 de maio de 2012

A Justiça dos pobres e a Justiça dos ricos no Brasil

Eis o que é a Justiça brasileira, um jovem pobre e negro é humilhado por uma repórter dentro de uma delegacia, seus únicos direitos antes de ser julgado são o de ser enxovalhado, levar porrada ( já levou, como podem ver pelo rosto dele ) e, muito provavelmente, ser estuprado por outros presos. Já passou da hora do Conselho Nacional de Justiça ( CNJ ) ou da Ordem dos Advogados do Brasil ( OAB ), ou seja lá quem for, tomar uma providência contra estes programas estúpidos que vivem de humilhar pessoas mais humildes. Isto não é liberdade de imprensa, é liberdade de humilhação.
Enquanto isso, hoje na CPI, um contraventor tendo como seu advogado um ex-ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, achincalhou com a Nação, não por se negar a depor, direito seu, mas com seu cinismo. Para completar a dantesca cena,  Márcio Thomas Bastos distribuía abraços, sorrisos e acenos para deputados, senadores e demais conhecidos seus na plateia do circo, quer dizer, "Comissão Paralamentar de Inquérito."
Aliás, de onde vieram os R$ 15 milhões de honorários pagos por Cachoeira ao seu advogado? Ele declarava à Receita Federal uma renda de cerca de R$ 60 mil por ano.
Onde estão os órgãos fiscalizadores do Estado brasileiro para apurarem a origem deste dinheiro, que me parece muito bem lavado e enxugado?!
Sobre a mocinha que fez a reportagem...esqueçam...não vale à pena gastar tinta com tanta pobreza d'alma ( incluso os editores do programa).

2 comentários:

  1. O problema é a tal da "liberdade de expressão"... Aliás, o Brasil Urgente é mestre em apresentar e humilhar infratores pobres. Quando se trata de bandidagem engravatada, o programa silencia. Trato muito dos descalabros judiciários em meu blog. Acredito queo Cidadão precisa tomar a frente das mudanças e acionar mais intensamente CNJ, OAB, corregedorias estaduais, ouvidorias e outras instâncias. Cada cidadão, na sociedade midiática, pode ser um veículo de comunicação e produzir conteúdo pra detonar com essas mazelas. Abraços.

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