30 de julho de 2012

A crise no Flamengo e meu pai

Têm coisas que me espantam no Brasil, uma delas é a quase sempiterna crise do Flamengo. Brinco, sacaneio, implico, mas tenho um profundo respeito por todos os grandes clubes brasileiros, foram eles que construíram a grandeza de nosso futebol.
Meu pai era flamenguista doente e morreu em 19 de dezembro de 1992, dia em que o Flamengo se sagrou campeão carioca vencendo o Fluminense por 4 x 2. Ele faleceu pela manhã e o jogo foi disputado em uma quarta-feira à noite, após o encerramento da partida, pedi a um amigo que estava no velório que comprasse uma faixa de campeão. Gentilmente meu amigo foi até as imediações do Maracanã e trouxe a faixa que depositei no peito de meu pai.
Vejam vocês a desorganização que impera na Gávea: em 1961 o Flamengo fez uma campanha entre seus torcedores pedindo dinheiro para construir um estádio, carnês foram distribuídos e meu pai, que à época morava em São José do Calçado ( ES ), pagou todas as prestações para ajudar seu clube, minha tia tem o carnê quitado  até hoje. Nada foi feito, ficaram com o dinheiro e nem satisfação deram.
Hoje, cinquenta anos depois, a bagunça continua e ninguém é punido.
Que verdadeiros flamenguistas assumam o clube e o coloquem em seu devido lugar. Ontem, pasmem vocês, depois da derrota deles para o São Paulo por 4 x 1, não senti vontade de sacanear os urubus, perdeu a graça. Gosto é quando estão com o ego exacerbado e tomam uma sova bem dada. Gozar urubu morto não me dá o mínimo tesão. Até a Dani, um nojo quando se trata de Flamengo, anda soturna, depenada, vagando sem rumo por aí. De dar dó, tadinha!
Eu quero o Flamengo de volta, o arrogante, o egocêntrico, o que se acha o maior em tudo, ganhando roubado e dizendo que foi na raça. É este que gosto de sacanear! Não bato em humilhados...

                                                                           

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