Às vezes, palavras me tomam de tal maneira, as insanas, que preciso vomitá-las, sem nexo, como se fizesse sexo. Atravessam meu cérebro como flechas rasgam o vento rumo ao infinito. Engravidam-me. Exigem vir ao mundo, espalharem-se em vendaval de sentimentos d'alma atormentada pela vastidão da madrugada solitária. Umas, poucas e bobas, são benditas, e consolam-me; outras, malditas e exuberantes, açoitam-me em lembranças estilhaçadas de saudade e dor. Solto-as, que tomem o rumo que quiserem, o mundo é farto e vasto. Mas elas voltam....não são amores banidos, antes, o são, certamente, bandidos. Paixão.
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