22 de setembro de 2012

História de uma paixão


 História de uma paixão 
Silvia Britto

Pediram-me que escrevesse sobre minha paixão pelo Botafogo. Fiquei tensa! Como usar palavras e fazer jus a um sentimento que está encravado dentro do peito? Ser Botafogo é orgânico, faz parte de mim desde que me entendo por gente e ainda não sabia dar nome a esse sentimento.

Cresci numa família de flamenguistas roxos. Lembro-me de que, quando pequena, ouvia gritos e desabafos sobre esse tal de Flamengo ecoando pela casa como se fosse começar uma guerra. Tinha medo! Sou de paz! Acredito na guerra feita pelas paixões, pelas ideias. De alguma forma não sentia que fazia parte daquele clã roxo.

Mas um dia entendi tudo.

Era uma vez uma Copa do Mundo, ano 1974, Alemanha. A balbúrdia pelas ruas era contagiante, todos esperando por um tal de "Tetra". Jogo da seleção, com uma breve apresentação dos jogadores. Eis que me aparece uma figura loira, fazendo maravilhas com a bola e vestindo uma camisa linda e imponente. Quando deram um close no emblema do time, quase perdi a respiração! Uma estrela linda e branca reinava absoluta dentro do emblema. Foi fulminante. A partir daí, só tinha olhos para aquele jogador lindo (acreditem-me os mais novos, pior que o Neymar chupando limão!), Marinho Chagas.

Então entendi o nome do sentimento que carregava no peito: BOTAFOGO!
É muito mais que um sentimento, é fisiológico. Foi a primeira vez que experimentei aquilo na vida. E entreguei-me. Paixão que acaricia, que bate, que irrita, que dá vontade de gritar pela janela, que faz com que a vida seja linda também em preto e branco. O nome disso é BOTAFOGO!

E a estrela virou bandeira, que virou camisa, que virou time de futebol de botão e que, até hoje, faz meu coração disparar quando escuto o apito do juiz iniciando a partida.

Quando me perguntam meu nome, respondo: "Silvia Helena, sou Botafogo!"

Marinho Chagas
                                                                               


                                                                   

5 comentários:

  1. Anônimo9/22/2012

    O nome disso é NÃO É BOTAFOGO, É TESÃO PELO MARINHO

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  2. Hum... Sei não, "anônimo"... Tesão mesmo, eu sentia pelo fantástico Leovigildo Júnior, e nem por isso virei flamenguista... Sei que é difícil compreender mas ser botafoguense é muito mais que tesão. É paixão, saca?

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  3. Anônimo9/24/2012

    LeovEgildo Júnior, grande jogador!

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  4. Anônimo9/24/2012

    ACHO QUE TUDO ISSO NÃO PASSA DE VONTADE DE DAR!

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  5. Seja lá o que for, querido/a anônimo/a... Mas que é bom, é...

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