28 de novembro de 2012

Amar Rearrumar Reamar

Amar
Rearrumar
O coração
Mal cuidado
De desvairada paixão

Amar
Reamar
Alegrar
O coração
Enlevado
De paixão nova

Amar
Rearrumar
Reamar

Sofrer o que se foi
Agarrar o que chegou

Amar Rearrumar Reamar


                                                                      

8 comentários:

  1. Anônimo11/28/2012

    "agarrar o que chegou"... sei não, parece desespero! Bjs Danielle

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  2. Anônimo11/28/2012

    "Agarrar o que chegou" é intensidade, é não ter vergonha de ser passional, piegas, ou seja lá o que for. "Agarrar o que chegou" é visceral: agarrar, beijar, possuir, ter os flancos marcados de tanto desejo, sucumbir. "Agarrar o que chegou" é agarrar a vida, é ressuscitar sem morrer, ou melhor, é viver como se fosse eterno. É preciso coragem para não agarrar "o que chega" e sofrer. É preciso coragem...

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  3. Anônimo11/28/2012

    Nananinanão, isso que vc escreveu Clara é poesia ("flancos")! Agarrar o que chegou é desespero, é não escolher é não ter opção, é ser presidiário em dia de visita íntima, é ser animal e disseminar sua semente! Bjs Danielle

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  4. Anônimo11/29/2012

    Dani,esse limite entre poesia e realidade é meio nublado nas minhas ideias,sabe?! Por exemplo, há poesia maior do que o desejo genuíno do presidiário em dia de visita íntima? Paradoxalmente ele está preso mas deseja sem amarras, sem estratégias, sem artifícios. Nem as grades reprimem esse desejo, essa fome de um outro alguém (ó aí, a poesia de novo! Desculpe, é inerente e irreversível, rs). E mais, essa que "chega para ser agarrada" foi muito escolhida, outro fato que as grades também não impedem, aliás, quando o sujeito vai para a cadeia, por essas razões que a própria razão desconhece, a possibilidade que ele tem de escolha até duplica. O problema é quando a gente, ainda que sem grades, pelo menos não as visíveis, não escolhe e não se deixa escolher, até porque essa coisa de "escolha e escolhido" é muito subjetiva também. Enfim, só elucubrações, um pouco de filosofia de boteco que não faz mal a ninguém. E depois, a obra de um autor(bonito isso né, Zatinho?!) não é hermética, mas sim, se completa nas variadas interpretações dos leitores. Portanto que sejamos livres, pelo menos nas interpretações, né?! Bjs!

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  5. Anônimo11/29/2012

    Mandou bem Clara, é isso mesmo! Cada um tem o seu olhar sobre as coisas. Eu, estudei, leio e gosto de poesia sim, porém minhas ideias (realidade, vida cotidiana) são muito pé no chão, há muito deixei para trás esse "fog" ao qual vc se refere(não sei dizer se é bom ou não, mas prefiro mil vezes que seja assim). Te digo que, mesmo sendo a mais poética das criaturas não há a menor possibilidade de ver poesia em presidiário em dia de visita íntima, sei disso pois trabalhei em presídio por 2 anos (Defensora Pública). Vc escreve super bem e consegue realmente transmitir um pedacinho de vc pelas palavras, isso é um dom. Parabéns por ter esse olhar sobre as coisas. Quando vc completar... 50 anos, nos falamos!(comigo aconteceu muito antes disso, mas vc está muito mais contaminada do que eu. KKKKKKKKKKKKKKK) Bjs.

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  6. Anônimo11/30/2012

    Obrigada, Dani!! E assim é o colorido da vida. A gente se completa e não se exclui. Afinal, como diria Caê, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é" (Ou não, rsrsr). Beijo!! (Desculpe, não estou conseguindo assinar como Clara)

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