21 de novembro de 2012

Aquele homem dói

Estava só na mesa. Um homem. Oito horas da manhã.
Uma garrafa de cerveja ornava a mesa. E o copo. Mais nada.
As mãos trêmulas buscam o copo.Algum líquido se derrama na viagem entre a boca e a mesa.
Depois o olhar sem brilho. Derrotado. Sem futuro Em direção à garrafa. Bebe outro gole.
Acarinha o copo. Dedos trêmulos. Olha o infinito. Outro gole. Enche o copo. E sua vida. De dores. De derrotas.
A solidão...Eu sei. A vida dói. Sem motivos. Apenas dói. Aquele homem dói. Carrego comigo dores e solidões. Épicas. Aprendi a doê-las. Domá-las. E sigo. Na memória as mãos trêmulas do homem.O olhar vazio. O copo cheio. Bebe desesperança. A morte. Em vida.

                                                                            

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