E depois reclamam do sumiço do público. Ingressos caros, horários os mais estapafúrdios, violência, falta de segurança, uma gama de problemas que afastaram as torcidas dos estádios.
Sem falar no absurdo do Campeonato Carioca ser disputado por dezesseis clubes- uns, simples ajuntamento de jogadores para faturar um troco da televisão e arranjar uns votinhos para os políticos que os financiam. E, com sorte, aparecer um bom jogador para ser vendido e faturarem mais algum.
Não devem comparecer 20.000 pessoas no clássico de hoje entre as duas maiores torcidas do Rio. Na Inglaterra, para terem um ideia, o West Ham, clube tradicional de Londres, mas longe de ser um dos bicho-papões do futebol inglês, tem uma média de público de 35.000 pagantes.
Na Alemanha, que tem o campeonato com melhor frequência do mundo, quase 50.000 pessoas por partida, o Borussia Dortmund, atual bicampeão, tem média de público de 80 mil espectadores por jogo. O Schalke 04, que não ganha o campeonato desde 1957, mais de 60.000.
Domingo passado, Botafogo e Fluminense levaram 10.000 gatos pingados ao Engenhão.
E dizemos que somos o país do futebol. Pois sim.
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