15 de janeiro de 2013

Morreu a peste



Sim, transformaram-nos em coisas:
Em quantos carros temos na garagem
No patrimônio material que juntamos ao longo da vida
No volume de nossa conta bancária

Grandes coisas!

No caixão serás só tu
E uma roupa que de favor te vestiram
Qual tal o mendigo que humilhastes
Ou o operário que explorastes

Apenas um corpo em breve fétido
Como a consciência que nunca tiveste

E pelos cantos dirão:
Morreu a peste!



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