25 de fevereiro de 2013

Escrever sem rumo

Calor...Vontade de escrever sobre nada. Aleatoriamente. Disparando palavras ao leo ( saudade do Léo, meu filho )... Como uma metralhadora, que mata indistintamente. Sem piedade. Apenas mata. Apenas palavras. Escrever sem rumo. Como o mundo, que segue indiferente às palavras. De dor. De amor. De consolo. Apenas segue... Nada faz sentido. Pensar dói. E é inútil. A morte vem e leva tudo. Somos infinitos porque mortais. Depois a imortalidade. Do nada. Tenho medo. De quê? Não sei. Palavras, talvez. Inócuas, vazias, vadias. Dia após dia passeiam em minha mente. Me torturando. Demente, sou. Doente de palavras. Que me machucam. Açoitam sem cessar. Querem sair de meu eu. Conquistar o universo. Virar um verso. Transverso. Convexo. Inutilmente livres. Metafísica idiota. Mente calhorda. Idiota, sou. Sei...E daí? Não há tempo. Presente, não. Só passado. Que se foi. E futuro. Que se esvai. Elucubrações insensatas. Inúteis. Estou suando. As palavras atiram...E ricocheteiam. E voltam. Controlam-me. Estou só. Louco de palavras. Benditas. Malditas. Impuras. Putas...Palavras. Sem início... Ou fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário