26 de março de 2013

Engenhão: após expirarem os prazos de garantia dados pelas empreiteiras o estádio é interditado

Engenhão interditado

Em 2010 o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes ( PMDB ), garantiu que a cobertura do Engenhão não apresentava risco à segurança dos torcedores ( aqui ), passados menos de 3 anos o próprio alcaide, de repente, interdita o mesmíssimo estádio  sob a alegação que a cobertura tem um problema que "parece ser" ( nem ele sabe ) estrutural.
Tem algo muito esquisito nesta escabrosa história: coincidentemente os problemas "estruturais" só reapareceram após vencer o prazo de garantia dado pelos construtores, que expirou em julho de 2012. Se o problema fosse "descoberto" antes, a responsabilidade de refazer o malfeito seria das construtoras.
O Engenhão, à época do início de sua construção estava orçado em R$ 60 milhões, custou R$ 380 milhões; os Jogos Pan-Americanos, para os quais ele foi construído, estavam orçados em R$ 400 milhões, acabaram custando  R$ 4 bilhões. Depois foi tudo devidamente abandonado, exceção do próprio Engenhão que foi arrendado pelo Botafogo. E não tem ninguém na cadeia.
Resumindo: estamos nós, torcedores, há cinco anos frequentando um estádio cuja cobertura pode desabar e só agora, após vencer o prazo de garantia dado pelos construtores, o estádio é interditado? É, nós somos mesmo um bando de otários irrecuperáveis.
Fico imaginado o quanto vai ser "roubado" ( desviado, como nossa Justiça diz dos roubos dos ladrões de colarinho branco ), nas obras da Copa de 2014, que segundo as últimas estimativas já engoliu R$ 40 bilhões e a das Olimpíadas de 2016.
Mas, "é assim mesmo", não é assim mesmo que dizemos em nosso atávico conformismo?

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