Estava na esquina conversando com Saddam, segurança da farmácia, quando me chega um dos rapazes que fazem entregas em domicílio para o estabelecimento. Desce da moto e diz: "Pô, Saddam, passei no Morro do Cavalão agora e tem um bandido amarrado no poste, a rapaziada do tráfico já esculachou ele, tá com a cabeça quebrada e sem um braço... A essa hora já deve ter morrido. Tava assaltando na Fróes, bem no pé-do-morro, o pessoal viu e o pegou. Bem feito, detesto ladrão!"
Saddam concordou... Eu vim para casa pensando nos tempos insanos que vivemos.
Parece não haver mais lugar para a delicadeza no mundo, por isto Carlos Drummond de Andrade nos antecipou em seu belíssimo poema " Os Ombros Que Suportam o Mundo" que "alguns achando bárbaro o espetáculo/ prefeririam ( os delicados ) morrer".
Saddam concordou... Eu vim para casa pensando nos tempos insanos que vivemos.
Parece não haver mais lugar para a delicadeza no mundo, por isto Carlos Drummond de Andrade nos antecipou em seu belíssimo poema " Os Ombros Que Suportam o Mundo" que "alguns achando bárbaro o espetáculo/ prefeririam ( os delicados ) morrer".
Nenhum comentário:
Postar um comentário