30 de abril de 2013

Aos loucos, aos bêbados, às putas

Aos loucos, aos bêbados, às putas.

Aos loucos, aos bêbados, às putas...
Aos que se desviaram do caminho
e se perderam nos redemoinhos da vida.
A estes sempre encontrei nos atalhos
que andei à procura da tal felicidade.
Encontrei-a em sinceros abraços embriagados,
em braços de amores fugazes, nas conversas
sem nexo dos loucos, que fugindo de suas dores
sublimaram o sofrimento em discursos difusos,
para suportar um mundo em que homens mandam
jovens se matarem em guerras inúteis e são condecorados
pelos assassinatos. Heróis. Racionais. Grandes homens,
os assassinos. O sangue escorre em seus olhos rútilos de ódio.
Recolho-me,
aos loucos, aos bêbados, às putas. Acolham-me.

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