14 de maio de 2013

A Seleção, sem carisma e afastada do povo brasileiro

A Seleção, sem carisma e afastada do povo

Antigamente, e não tão antigamente assim, quando se convocava um jogador de nosso clube para a Seleção Brasileira, nós nos enchíamos de orgulho. Hoje, boa parte dos torcedores ficam irados quando convocam um jogador de seu time de coração.
O que aconteceu com o maior símbolo nacional? Não sei, mas suspeito de algumas coisas: a excessiva mercantilização de nossa Seleção, excesso de patrocinadores e um monopólio quase que absoluto da Rede Globo sobre os destinos de nosso selecionado, que raramente joga no Brasil; só joga onde, quando e no horário que a Globo determina. A saída da maior parte dos jogadores para jogarem no exterior cada vez mais cedo, o que não cria um vínculo emocional entre eles e a torcida. Uns, até para mim, que acompanho futebol, são ilustres desconhecidos. Sem falar que banalizaram a Seleção, com diversos jogos anuais, a maior parte deles contra adversários sofríveis, sem nenhuma tradição no futebol mundial. Jogos apenas para satisfazer a sanha de lucro da Globo e dos patrocinadores do selecionado. Que, como representante e símbolo do País, devia se abster deste mercantilismo exacerbado.
Hoje, grosso modo, temos dois tipos de torcedores no futebol brasileiro: os que acompanham futebol regularmente e torcem para seus clubes; e os torcedores sazonais da Seleção, uma torcida que não é de futebol, mas seguidores fieis da cartilha da Rede Globo e que não entendem bulhufas de futebol. Vão a qualquer evento, desde que patrocinado pela Vênus Platinada. Os torcedores de futebol andam se lixando para a Seleção, a não ser em jogos contra seleções tradicionais, como Argentina, Alemanha, Itália, Espanha, Inglaterra e França. Mesmo assim, derrotas já não nos causam a mesma indignação de antes. Não há, como já disse antes, vínculo emocional da imensa maioria dos convocados com o povo brasileiro. É como se fossem "estrangeiros" vestindo a camisa da mais vencedora e carismática Seleção do futebol mundial. Carisma que aos poucos vai se perdendo, ao ser substituído pelos interesses financeiros dos novos "donos" do maior símbolo da identidade nacional. Pena.

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