Xingado de bosta e vagabundo por um casal em um restaurante do Rio, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, partiu para a agressão física e deu uns socos e pontapés em seu ofensor. Este é um exemplo claríssimo dos tempos de intolerância que vivemos. O casal errou, Paes, gostando-se ou não dele ( eu não gosto ), foi eleito democraticamente e estava com sua família no restaurante. Um desrespeito ao homem e aos seus familiares. O prefeito errou ao partir para a agressão física, por motivos óbvios. Que chamasse a polícia e processasse o casal. Aqui temos outra questão, e mais grave: nossos homens públicos, em seu imensa maioria, não gostam de críticas e não dão conta de seus atos à população. Vivem como nababos em seus palácios e só aparecem em épocas eleitorais. Deveriam ser obrigados, por lei, a participar de audiências públicas mensais onde seus atos seriam confrontados pela imprensa e por quem quisesse participar. São nossos empregados, pagos com nosso dinheiro e deveriam ser obrigados a dar satisfação de seus atos à população. Mas vivemos tempos estranhos, onde em vez de debater, o que é saudável e necessário em uma democracia, passamos a ofender quem discorda de nossas ideias.
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