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| Rafael Marques, exemplo de superação |
Um jogador chega em um clube para substituir o ídolo da torcida. Indicado pelo treinador que havia barrado o ídolo. Que por conta disso deixa o clube. O substituto tem 29 anos e joga há várias temporadas no sofrível futebol japonês. Entra no time e em mais de 20 jogos não faz um mísero gol e brinda à torcida com algumas jogadas bisonhas. Não fazia gols há 10 jogos por seu clube anterior. O que acontece? Começa a ser vaiado impiedosamente pelos torcedores- que, saudosos de Loco Abreu, culpam o técnico, com razão, por sua contratação. O semestre termina. Nada de gol. O presidente do clube diz que o atleta não vai ficar para o ano seguinte. O técnico, que o havia indicado, diz o mesmo. Não há clima. Mas, com salário alto, ninguém aparece para contratar o jogador. Que acaba ficando no clube. Começa o ano de 2013. Nos primeiros jogos nem no banco ele fica. Os que entram não dão conta do recado. O técnico volta a insistir... E, como num passe de mágica, surge um novo Rafael Marques. Os gols começam a acontecer. Não é um craque. Mas é valente. Ajuda a defesa. Se desloca pelos lados do campo. Fez o gol do título do Campeonato Carioca. É o artilheiro do Botafogo no Brasileirão. Nos calou, a todos, o Rafael Marques. Que bom.
E sem reclamar. Sem responder às críticas. Calado, trabalhou. E vem conquistando o respeito e admiração de todos. Um vencedor. O homem, mais que o jogador. Parabéns, Rafael Marques. E obrigado. Pelo exemplo. Pela coragem. Pela humildade. Pelo Botafogo.
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