29 de agosto de 2013

Câmara dos Deputados mantém mandato de ladrão condenado e cumprindo pena

O ladrão, Natan Donadon, agradece a Deus a manutenção de seu mandato

 Um ladrão de dinheiro público é condenado a mais de 13 anos de cadeia pela mais alta corte de Justiça de seu país. É deputado federal. O que deveria ser o óbvio, o mais óbvio dos óbvios? Mais claro que a luz solar? Um ladrão de seu povo deveria perder automaticamente seu mandato ao ser condenado e preso. Mas existe um país muito estranho, que detesta o óbvio. Neste esquisito país, roubar dinheiro do povo nem chamado de roubo é. O roubo dos poderosos é dito como "desvio de dinheiro público". E, no entanto, é o pior dos roubos: os bilhões que são "desviados" pelos "desviantes" ( não são ladrões, pois não ), é exatamente o dinheiro dos impostos escorchantes pagos com o suor de um povo sofrido a um Estado petulante, autoritário, corporativista e fisiológico. O mesmo povo que não tem direito a saúde e educação de qualidade, como está gravado na lei maior deste estranho país, a Constituição.
Como o esquisito país detesta o óbvio e protege seus ladrões- os poderosos-, o tal deputado, condenado e preso, ainda tem o absurdo direito de ser julgado por seus pares. Vão dizer se ele, o ladrão já condenado e cumprindo pena, continua com seu mandado de representante do povo do qual roubou milhões. Desculpem, desviou... E seus colegas, ou melhor dizendo, cúmplices, não cassaram seu mandato. O ladrão continua representante do povo que foi roubado por ele. Ah, numa cena de fazer corar o mais imoral dos imorais, o ladrão ainda teve o direito de sair da prisão para fazer um discurso em sua defesa na tribuna da Câmara dos Deputados, a Casa do Povo, que virou o Covil do Ladrão.  Depois do julgamento, mandato devidamente mantido, o ladrão condenado se ajoelhou no plenário e agradeceu a Deus por seus iguais não terem cassado seu mandato. A cena mais grotesca que jamais imaginei um dia ver. Um ladrão discursando no Parlamento da Nação. Sim, sei que existem outros, muitos outros. Mas estes ainda não foram condenados e presos.
Não senhores, as linhas acima não são uma criação literária, os fatos narrados aconteceram em um país que se chama República Federativa do Brasil e o ladrão leva o nome de Natan Donadon.
Não, não posso crer que iremos aceitar mais este escárnio passivamente. Quebraram-se todos os limites imagináveis. É preciso reagir. Ou viraremos palhaços. Agora eternos.

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