13 de outubro de 2013

Poema virtual

Poema virtual, uma ironia sobre a dependência da Internet

troquei o mundo real
pelo universo virtual
deixei o vício do chiclete
pela adicção da internet
não bebo mais um drink
nem mesmo para fazer um brinde
só abro link em cima de link
não ligo mais para sexo
me contento com um anexo
e agora vivo a navegar
eu que mal sei nadar
virei marinheiro sem mar
não ando mais drogado
agora só fico logado
minha face virou book
e não saio do facebook
onde todo mundo discute e curte
tornei-me web dependente
e deixei de ser carente de gente
troquei o pudor
por download de filme pornô
que horror
tem um tal de baxaqui
que me prende por aqui
fiz do google meu deus
eu que sempre fui ateu
já dizia o poeta
navegar é preciso
viver não é preciso
virei colombo sem caravela
navego pelo oceando da tela
é só da internet que preciso
virou ela meu narciso
inútil como um dente siso
que um dia vou extirpar
tudo tão rápido e perto
mas toco na tela fria
e não sinto nenhum afeto



                                          



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