12 de novembro de 2013

A paixão que assombra

E a paixão adormecida, guardada no canto mais recôndito da alma, ressurge como uma fênix enlouquecida  a lhe assobrar. Culpa das modernidades tecnológicas, mais precisamente do "monstro" Google, que tudo vê, tudo sabe, tudo informa. No vagar da madrugada a navegar pela solidão da internet, digita o nome da paixão perdida e trancafiada no cofre forte onde esconde de si mesmo suas dores mais doídas. E ali está ela novamente, quatro letras de uma paixão avassaladora, que se perdera nos desencontros dos excessos: de amor, de ciúme, de desejo demasiado, insuportável, insaciável por aquele corpo dourado e belo, que exalava um perfume que até hoje, anos depois, ainda atravessa suas narinas e toma seu corpo em um êxtase de desejo que o paralisa. As paixões eternas são as que não chegam ao fim...Terminam antes do desgaste do tempo, do marasmo do dia-a- dia. E a dele fora assim, no auge do desejo, o objeto do desejo se foi, para longe, bem longe... E ele, dor, recolheu-se em saudade, solidão e tristeza.
E lá está ela: o mesmo sorriso farto, os lindos cabelos louros a escorrerem até a nuca como uma cascata d'ouro. Ele paralisado a olhar a foto, o perfume dela a penetrar cada poro de sua pele, o coração  palpita saudade, Lágrimas de ternura escorrem por sua face, a mão a acariciar ternamente o rosto da paixão perdida na tela fria do computador... Dor.

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