19 de novembro de 2013

Uma semana sem fumar e não quis matar ninguém

Uma semana sem fumar e não quis matar ninguém

Estou há uma semana sem fumar. Até agora não quis matar ninguém. Mas não é fácil quebrar velhos hábitos. Sim, cigarro comigo sempre foi mais hábito que dependência química. Minha dependência dele é muito mais emocional que física.
Não tenho ódio do cigarro, como não tenho do álcool, que abandonei faz 19 anos. O "problema" sou eu, não as substâncias que ingeria. O álcool não entrava pela minha boca por livre e espontânea vontade, eu é que o levava até ela com minhas mãos; assim como o cigarro não acende sozinho, eu é que tenho de o levar à boca e acendê-lo.
Sim, ainda sinto vontade de fumar, de beber não mais, mas vontade dá e passa... Com o tempo, um dia de cada vez, o desejo vai ficando mais espaçado. Preciso ter boa vontade para aceitar que perdi para o álcool e o tabaco, Eles são mais fortes que eu. Só assim, aceitando minha derrota completa, consigo, paradoxalmente, vencê-los. Boa vontade é diferente de força de vontade. Força de vontade é lutar contra ou por alguma coisa; boa vontade é aceitar meus limites, que existem coisas perante as quais sou impotente e não adianta lutar contra elas. É assim a minha relação com o álcool e o tabaco, fui derrotado fragorosamente por eles. E só quando aceitei isso, consegui me livrar de ambos.
Tem alguém aí querendo ser assassinado?!

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