17 de dezembro de 2013

A hipocrisia do STJD é mero reflexo da hipocrisia de todo o sistema judiciário brasileiro

A hipocrisia do STJD é mero reflexo da hipocrisia de todo o sistema judiciário brasileiro. Se fosse sério, o STJD tiraria os pontos do Cruzeiro, da Portuguesa e do Flamengo, além de acolher o recurso do Vasco. O Vasco está coberto de razão, quando alega que o reinício do jogo contra o Atlético Paranaense se deu muito além do prazo regulamentar, por pressão, no mínimo veemente, dos dirigentes do Atlético. Por que, no caso do Vasco, o STJD não se baseia no regulamento, se é esse o argumento para punir, ao pé da letra jurídica, a Portuguesa? A resposta é simples: o STJD não pode colocar em risco a permanência do Flamengo na primeira divisão. Ao não acatar o recurso do Vasco, esse risco deixa de existir e os juízes podem fazer demagogia, tirando os pontos do Flamengo, para demonstrar uma falsa isonomia. Por tabela, beneficiam o Fluminense, que não cai para a segunda divisão, e o Internacional, que entra na Copa Sul-Americana. Assim como Flamengo (e outros, como o São Paulo), Flu e Inter são clubes influentes nos tribunais há muitas décadas. Protegendo-os os magistrados fazem política pessoal, quando deveriam fazer justiça. E por que não tiraram os pontos do Cruzeiro? Ora, o Cruzeiro também é clube de grande força política e, como estava na liderança, muito à frente dos demais, ninguém iria reclamar. De novo, fizeram política em vez de justiça. Os tribunais brasileiros são hipócritas, garantidores das benesses dos fortes e das elites; uma hipocrisia emanada do STF, quando, há alguns anos, ampliou os efeitos da Lei da Anistia aos assassinos e torturadores da ditadura, sob o argumento de que, assim, pacificaria a nação. Canalhas! Faziam política pessoal, com a dor e a vida de outros, quando deveriam fazer apenas justiça. E deixaram livres os cães da ditadura, entre eles o presidente-salomé da CBF, José Maria Marin, sustentáculo do sistema de chumbo, dedo-duro na Câmara dos Deputados, amigo do fascista Wady Helu e de Bounier, o monstro. Queremos o quê? Justiça no Futebol? Justiça na corte? Só depois de lavarmos as escadarias da CBF e dos tribunais desse país. Com uma boa dose de Justiça. ( Geraldo Mainenti, Professor: Redação e Edição em TV, Projetos em TV, Práticas em Mídias, Legislação em Comunicação, Antropologia do Consumo e Orientação de TCC. na empresa Faculdade de Comunicação Hélio Alonso )

  • Anterior: Globo News e Valor Economico

  • Pois é, para o Vasco a lei não precisa ser cumprida... Pode ser curta. Gostaria de ver os defensores do cumprimento rigoroso das leis responderem aos argumentos do professor Geraldo Mainenti.
  • Zatonio Lahud
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