29 de maio de 2014

Em breve ninguém mais vai querer patrocinar Copa do Mundo ou Olimpíada

Algumas cidades e países europeus já andam consultando suas populações para saber se querem ou não a realização de uma Copa do Mundo ou Olimpíada em seus territórios. E os resultados das consultas realizadas têm sido, invariavelmente, um sonoro e peremptório não.
Parece-me que, com o tempo, esses eventos tornaram-se extremamente grandiosos e caros para os países e cidades que patrocinam as obras onde os mesmos serão realizados. E cada vez mais lucrativo para as entidades responsáveis pelos esportes, além das empresas de mídia e seus respectivos anunciantes.  A última Olimpíada, realizada em Londres, deu prejuízo aos cofres da capital inglesa, que recebeu menos da metade dos turistas que eram esperados para assistir os jogos. É a velha equação do socializa-se os prejuízos, privatiza-se os lucros. Esse modelo começa a se esgotar.
Guardadas as proporções devidas, é mais ou menos o que aconteceu com o Carnaval carioca. Afastaram o povo dos desfiles das escolas de samba- que virou um “produto” vendido pela Rede Globo para nossa classe média deslumbrada, além dos turistas. Mas, com o tempo, o que ficou ruim voltou a ser bom quando o povo resgatou o velho e gostoso Carnaval de rua, onde não precisa pagar para participar ou assistir. Os blocos voltaram com tanta força que já começa a ocorrer com eles um processo de profissionalização semelhante ao ocorrido com as escolas de samba. Se deixarem, muito em breve teremos também desfile de blocos no Sambódromo. Não, vão construir o "Blocódromo"- não podem deixar de faturar mais algum com as obras. Assim é o capitalismo. Vislumbra lucro, se apodera de qualquer coisa. Hoje temos até bancos “ecológico$”! 
Cabe aos povos aprenderem a se defender da volúpia e da ganância excessiva de certos empresários para manter suas tradições. É muito difícil, um longo processo com avanços e retrocessos.
Ontem mesmo estava vendo na TV a entrevista coletiva da comissão técnica da Seleção Brasileira e comecei a rir da suposta “seriedade” com que jornalistas e os responsáveis por nossa Seleção tratam tudo que envolve os jogadores- medem até a quantidade de gases que eles têm no organismo e quantos puns soltam por dia. Ridículo.
Esse excesso de burocratismo frio e profissionalismo exacerbado são alguns dos motivos  ( não os únicos )  do progressivo afastamento do povo brasileiro de sua Seleção. 

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