5 de novembro de 2014

Um poema sobre as divindades do Poder Judiciário



Um poema sobre as divindades do Poder Judiciário
Um juiz de direito
Dirigia com o carro
Todo errado
Foi parado numa blitz
Para ver se não estava 
Dirigindo embriagado
Cheio de petulância
Discutiu com a agente
Que do caso cuidava
A moça desavisada
Disse ao magistrado
Que ele era apenas um juiz
E não um Deus
O homem que deveria
Ser da lei
Não gostou de ter
Sua deidade questionada
E na Justiça contra a agente
Que tão grave ofensa
Contra ele assacou 
Solenemente entrou
Um desembargador
Que não acha que é Deus
 Mas tem a mais plena das certezas
À funcionária de tão grave desacato
Sem pestanejar condenou
Dizendo em sua sentença
Que ela de Deus zombou
E a divindade do magistrado confirmou
Diante de tanto abuso de poder
Dos deuses do judiciário
Só resta ao nosso povo orar
E perante eles
De joelhos se prostrar
Mas alguns 
Como eu
Que são indignos ateus
Preferem contra a covardia
Dos falsos deuses se indignar
E à pobre agente
Que cumpria seu dever
Poeticamente apoiar...



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