O que fez a Petrobras
após a descoberta de uma quadrilha de diretores e gerentes, todos eles apadrinhados
por políticos, roubando bilhões da
empresa?
Criou mais burocracia,
agora uma tal “gerência de governança”. Só falta, para a piada terminar em
risos hilários, o novo gerente de governança ( que nome ridículo! ) ser
indicado pelo... PMDB.
O questionamento óbvio ninguém faz: qual o
interesse de políticos e seus respectivos partidos de terem influência em
empresas estatais que não o de saqueá-las, tanto em proveito próprio quando no
do financiamento de suas legendas?
O presidente da
Transpetro, Sérgio Machado, afilhado do ínclito e probo senador Renan
Calheiros, o responsável por sua indicação para o cargo, pediu afastamento temporário
( que, como sabemos, será eterno ) da direção da empresa por estar sob suspeita de ter praticado atos não condizentes com seu cargo. Mas o novo presidente da empresa continuará sendo escolhido por... Renan
Calheiros. A Transpetro é “propriedade” do nobilíssimo senador, não do povo
brasileiro.
Nós, brasileiros,
herdeiros diletos da tradição cartorial portuguesa, não gostamos do óbvio, e
combatemos à corrupção com mais burocracia- que é a mãe da corrupção e gera, inevitavelmente, mais
corrupção.
Digo sempre que temos
Estado demais ( com sua pesada, cara e corrupta burocracia ) onde ele não se faz
necessário; e de menos onde é essencial- educação, saúde, transporte e
saneamento, por exemplo.
O resto é Armazém de
Secos & Molhados, como dizia o grande Millôr Fernandes.
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