E veio o livro, e alguém profetizou: “Isso vai ser a desgraça da humanidade, as pessoas
ficarão absortas lendo e vão se afastar umas das outras”- mudamos e nos
adaptamos; e veio o rádio e o profeta
vaticinou:” Isso vai ser uma desgraça, as pessoas vão se sentar ao lado uma das
outras e não vão mais conversar, só ficarão escutando este aparelho do demônio,
que veio para destruir a interação entre as pessoas”- nos adaptamos; e veio a
televisão, som e imagem, juntos em uma caixa para tornar a humanidade muda-
olhos e ouvidos na caixa do demônio que ia destruir às famílias, que não mais
conversariam entre si- mudamos e nos adaptamos; e chegamos aos atuais tempos
digitais, que já é anunciado como o fim de todos os fins anteriores, tempos em que a humanidade
será inelutavelmente destruída- pois em
breve, segundo o profeta, não mais falaremos, nem ouviremos, nem saberemos mais
escrever, passaremos nossas vidas digitando em frente a uma telinha qualquer, será o último fim, que não terminará e seguirá adiante- nós mudando e nos adaptando.
Charles Darwin deve estar rindo, com certa ironia, dos falsos profetas, tanto ateus, quanto religiosos do fim dos tempos...
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