18 de abril de 2015

Defunto vai a cartório, vende ações, e vira sócio do líder do PMDB na Câmara e de sua família

Defunto vai a cartório, vende ações, e vira sócio do líder do PMDB na Câmara e de sua família
O PAI, O FILHO E O FANTASMA
O deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ) e o filho Leonardo Picciani (PMDB-RJ) (foto abaixo), deputado federal. Eles lucraram ao negociar com um morto (Foto: Bianca Pimenta/Ag. O Globo)

Joaquim Vivas Caravellas morreu em 21 de abril de 2011, aos 87 anos. Era acionista da Tamoio Mineração, empresa que fornece brita para empreiteiras que têm obras contratadas com o governo do Estado do Rio de Janeiro.
Tudo em ordem. O morto morreu e foi devidamente enterrado. Mas, o Joaquim, organizado que era, resolveu dar sinal de vida dois meses após sua morte. Em 29 de Junho de 2011, compareceu de corpo presente à Junta Comercial do Estado para assinar e registrar os balanços financeiros da empresa em que detinha ¾ das ações. Assinou- e, pelo que consigamos apurar, retornou à sua morada no Cemitério São João Batista, situado em Botafogo, onde voltou à morrer. Desta feita sem homenagens, oba-obas ou pranto de possíveis viúvas...
Ficou por lá, mortinho da silva, o Joaquim. Até que, em 28 de setembro de 2012, nosso defunto ressuscita novamente (já barrou Cristo...) e aparece em um cartório para vender parte das ações de sua empresa- avaliada em R$ 70 milhões- ao deputado estadual, Jorge Picciani ( PMDB), presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, e seus filhos, dentre eles o deputado federal, Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara dos Deputados.
Quando seu Joaquim chegou ao cartório, foi saudado com alegria pelo tabelião: “Parabéns, seu Joaquim, como o senhor está corado, até engordou, nem parece um defunto?!”
Depois de tudo sacramentado, seu Joaquim cumprimentou a todos e ia retirando-se, quando o deputado Jorge Picciani indagou: O senhor vai voltar de que para o cemitério?
- Vou de táxi- respondeu o falecido, mas no momento desfalecido, Joaquim.
- De jeito nenhum, estou no carro da Presidência da Assembleia e faço questão de mandar meu motorista levar o senhor, afinal agora somos sócios...
E assim deu-se, seu Joaquim foi morrer pela terceira vez de carona em um carro oficial. Desde então parece que morreu mesmo, para sempre.



A notícia original está na revista Época- A incrível sociedade do líder do PMDB na Câmara com um defunto

2 comentários:

  1. Não chega a ser novidade. Afinal a família Pisciani toda é envolvida na política. Parece que assaltaram os cargos públicos no Rio de Janeiro. Uma vergonha. Junto com Cabral, Pezão, seus filhos, Paes e mais uma gang, dominam o estado e não demora não vamos ter dinheiro nem para comprar papel higiênico para os doentes dos hospitais.A roubalheira é geral. Isso sem falar da Delta, que está no esquecimento.

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  2. Já não tem , nem lençol bem remédio nada , os pacientes morrem por falta de cuidados , os servidores estaduais fazem a ceia da miséria e o safado do Temer come Hagen Das

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