28 de abril de 2015

Por que a bancada evangélica não combate a corrupção da forma que combate a sexualidade alheia

Leonardo Quintão, disciplinado seguidor de Eduardo Cunha na Câmara, apresentou um projeto para criar o Estatuto da Liberdade Religiosa e encontrou uma forma de criar um obstáculo à criminalização da homofobia.
Um dos artigos do futuro estatuto diz que a liberdade religiosa pode ser restringida se for para “salvaguardar direitos constitucionalmente garantidos”.
Mas, logo em seguida, diz o texto:
- Não se considera crime, na forma de discurso de ódio, a divulgação, na esfera pública ou privada, de ideias de uma religião contrárias a um determinado comportamento social.
Por Lauro Jardim Veja

Só uma pergunta à tal bancada evangélica: por que vossas santas excelências não combatem com o mesmo vigor, por exemplo, a corrupção no lugar da sexualidade alheia?
Não será por vários de seus espiritualizados membros estarem na lista dos políticos corruptos, como o evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), simplesmente o presidente da Câmara dos Deputados?
Tomar conta de minha vida já é difícil, quanto mais querer me meter em quem dá o que para quem... Cada um faz o que quiser com seu corpo e o Estado brasileiro é laico- não confundam laicidade com ateísmo, por favor. No Estado laico somos livres para fazermos o que quisermos de nossas vidas, inclusive quanto à nossa opção sexual, religiosa, ou não religiosa, sem que ninguém tenha nada com isso.
O resto é intromissão religiosa, através do Estado, na vida privada de cada um, principalmente dos que não professam a mesma fé, como eu e milhões de outros brasileiros, pelos ritos evangélicos, católicos- ou qualquer outro credo religioso que não respeite a individualidade alheia.

Ah, e ser a favor de que cada um se case com quiser, ou exerça sua sexualidade  da maneira que melhor lhe aprouver não me faz ser gay, hetero, trans, lésbico ou outra variedade sexual qualquer... (Zatonio Lahud)

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