Leonardo
Quintão, disciplinado seguidor de Eduardo Cunha na Câmara, apresentou um
projeto para criar o Estatuto da Liberdade Religiosa e encontrou uma forma de
criar um obstáculo à criminalização da homofobia.
Um dos artigos do
futuro estatuto diz que a liberdade religiosa pode ser restringida se for para
“salvaguardar direitos constitucionalmente garantidos”.
Mas, logo em
seguida, diz o texto:
- Não se considera
crime, na forma de discurso de ódio, a divulgação, na esfera pública ou
privada, de ideias de uma religião contrárias a um determinado comportamento
social.
Por Lauro Jardim Veja
Só uma
pergunta à tal bancada evangélica: por que vossas santas excelências não
combatem com o mesmo vigor, por exemplo, a corrupção no lugar da sexualidade
alheia?
Não
será por vários de seus espiritualizados membros estarem na lista dos políticos
corruptos, como o evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), simplesmente o
presidente da Câmara dos Deputados?
Tomar
conta de minha vida já é difícil, quanto mais querer me meter em quem dá o que
para quem... Cada um faz o que quiser com seu corpo e o Estado brasileiro é
laico- não confundam laicidade com ateísmo, por favor. No Estado laico somos
livres para fazermos o que quisermos de nossas vidas, inclusive quanto à nossa opção
sexual, religiosa, ou não religiosa, sem que ninguém tenha nada com isso.
O
resto é intromissão religiosa, através do Estado, na vida privada de cada um, principalmente dos que não
professam a mesma fé, como eu e milhões de outros brasileiros, pelos ritos evangélicos, católicos- ou qualquer outro credo religioso que não respeite a individualidade alheia.
Ah,
e ser a favor de que cada um se case com quiser, ou exerça sua sexualidade da maneira que melhor lhe aprouver não me faz ser gay, hetero, trans, lésbico ou outra
variedade sexual qualquer... (Zatonio Lahud)
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