22 de março de 2016

No mato, no morro, ou de cara com o Moro

Pobre d'eu,
mim se fodeu!
Tinha um sítio
que era meu, 
mas não era meu,
era de um amigo meu,
que depois o vendeu
e nada me deu
da grana da venda
do sítio que era 
mas não era meu.

Tinha um tríplex,
que também era meu,
mas não era meu,
era de um outro amigo meu,
que sorrateiramente o vendeu,
e também nada me deu,
com o dinheiro se escafedeu,
e mim de novo se fodeu!

Agora não sei 
se corro pro mato 
ou corro pro morro?

Se corro pro mato
a onça me pega,
se corro pro morro,
dou de cara com o juiz Moro...

Vou é botar minha barba de molho,
e apelar aos súditos que ainda me restam:
Socorro, meu povo! Me salvem do Moro!






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