20 de março de 2016

Para cassar Demóstenes Torres os"grampos ilegais" eram legais

"A crise envolvendo o senador Demóstenes Torres começou com a deflagração da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que, no final de fevereiro, prendeu Carlinhos Cachoeira , acusado de chefiar uma quadrilha especializada em explorar máquinas caça-níqueis.
Pela Operação, Demóstenes foi flagrado, em escutas telefônicas, em mais de 300 ligações com Cachoeira, levantando suspeitas de trocas de favor com o bicheiro. Amigos pessoais, Cachoeira e Demóstenes costumavam jantar juntos.
Em sua defesa, tanto Demóstenes quanto seu advogado criticaram a imprensa e afirmaram que o agora ex-senador foi vítima de um massacre público. "Hoje cai o rei de espadas, cai o rei de ouros, cai o rei de paus, não fica nada", disse Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), lembrando Ivan Lins, ao falar na tribuna do Senado nesta quarta-feira (11). O parlamentar se comparou a Jesus Cristo, disse que foi perseguido como "um cão sarnento" e afirmou que a Casa praticaria política de dois pesos e duas medidas se o cassar, já que sua situação é similar à do relator de seu processo, Humberto Costa (PT-SE)."
A diferença é que com o Demóstenes os tais "vazamentos" foram considerados legais pelo PT e seus parlamentares, que votaram em peso pela cassação do então senador.
E quem, à época, corroborou a legalidade do fato foi o então ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Sim, o mesmo que hoje defende a ilegalidade dos grampos ao Lula.
Pois é... Zé.
Dois pesos e a hipocrisia de sempre.







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