3 de abril de 2017

Cena botafoguense: um jovem com síndrome de Down e a paixão pelo Botafogo

Todo santo ou ateu dia, antes e depois de caminhar, faço uns exercícios numa pracinha aqui de Brasília.
Nessas praças, denominadas PEC (Ponto de Encontro Comunitário, o governo do DF instala vários aparelhos de ginástica.
Hoje, na volta da caminhada, haviam cinco jovens portadores da síndrome de Down se exercitando na pracinha acompanhadas de um professor.
Um deles, o William, ao me ver com a camisa do Botafogo abriu um largo sorriso e disse: "Ganhamos ontem, mas foi sofrido, eu também sou Botafogo e vi o jogo com meu pai!”
Parei, o cumprimentei, e fiquei conversando um pouco com ele.
Depois fui fazer meus exercícios. Passados uns 10 minutos o professor os chama para irem para a APAE, que fica próxima.
Antes de ir, o William atravessou a praça, sempre com seu largo sorriso no rosto, veio até mim, me deu um afetuoso abraço de despedida, e me disse: "Tchau, Botafogo!"
E foi embora, feliz da vida, mas me deixando com lágrimas nos olhos
Em nenhum momento se preocupou em sujar suas roupas com meu suor.
Vou providenciar uma camisa do Botafogo para o meu novo e doce amigo.

Santino, o lindo filho do craque alvinegro Montillo

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